CIÚME, COBIÇA E INVEJA
Fui provocada pelo conto do Francisco Coimbra, mais precisamente, o “5 – IMPROVISANDO”. Não sei nem como classificar o texto que construí de um fôlego só, mas acho que vou publicá-lo como Artigo. Aceito sugestões de troca... Vamos lá:
Algumas considerações sobre ciúme, cobiça e inveja, partindo da conceituação de Zuenir Ventura, trazida pelo Francisco:
O ciúme é definido como a necessidade de manter o que se tem. É necessário registrar que, muitas vezes, o que pensamos que temos já foi perdido sem que nos déssemos conta. É nessa situação que o ciúme mais se acirra: quando lutamos pra manter o que já deixamos de ter, se é que tivemos algum dia...
Cobiça é querer o que não se tem. Suponho que, também muitas vezes, o que cobiçamos é tão pequeno que não o percebemos presente na imensidão de nossos pertences. Cobiçamos, pois, o que já possuímos, sem nos apercebermos disso....
Inveja é não querer que o outro tenha. Aí o bicho pega e a porca torce o rabo! O motivo parece ser simples: o foco do ciúme e da cobiça é o próprio sujeito portador desses sentimentos. Numa situação ele tem e não quer perder e na outra quer ter o que não tem. Já a inveja, amigos, foge ao controle de quem a carrega. O foco não é o invejoso. É o outro. A questão aqui é impedir que o outro tenha. O alvo da inveja é exterior ao invejoso. Extrapola-o. Não se submete ao seu controle. Convoca-o à luta, ao combate, à guerra, onde todas as armas são admitidas para impedir que o inimigo consiga alcançar aquilo que um mesquinho capricho determinou ser-lhe negado.
Caramba, quem viajou fui eu, Francisco! E foi uma dessas viagens-relâmpago. Embarquei na sua idéia sem questionar o destino...
Se mais alguém quiser colaborar, poderemos enriquecer as considerações sobre esses sentimentos que tanto empobrecem os seres humanos.
Um Feliz 2006 com menos ciúme, cobiça e inveja!