parto de palavras

rosane coelho

Meu Diário
03/10/2006 22h06
SAUDADE
(Autor Desconhecido)

"Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia,
das vésperas de finais de semana, de finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino,
ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe......

Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens....
Aí os dias vão passar, meses...anos... até este
contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo....Um dia nossos filhos
verão aquelas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos...Que eram nossos amigos.
E... isso vai doer tanto!

Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores
anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos
reuniremos para um último adeus de um amigo.
E entre lágrima nos abraçaremos.

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele
dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.
E nos perderemos no tempo.....

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo :
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....

Eu poderia suportar,
embora não sem dor,
ue tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"


* do Baú da Nédier *


É assim mesmo que acontece: a gente vai relaxando das amizades, se ocupando com outros afazeres que não a conversa na mesa do barzinho, quando tínhamos muito mais respostas do que indagações. A cada noite salvávamos o mundo que o dia seguinte - esse traidor - esculhambava novamente... De repente a gente se descobre finito, mortal, cheio de recordações e de saudades... Que essa reflexão nostálgica nos ajude a valorizar o momento e os laços de afeto que nos mantêm vivos!

Publicado por Rosane Coelho em 03/10/2006 às 22h06

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