03/08/2006 16h12
PAIS & FILHOS
(Lya Luft)
Aqui não cabe a poesia. Aqui ficam à mostra as tripas da angústia secular. Aqui fala-se de desencontro e impossibilidade, de onipotência e utopia. Aqui se cantam as verdadeiras feridas do amor. Todos os filhos de todos os pais do mundo estão nas trincheiras cotidianas, mas temos os braços amputados, e não podemos apertá-los ao peito como quando eram pequenos e tínhamos a ilusão de que eram nossos. * Do Baú da Nédier * Parece que hoje pra mim é Dia de Filho... Postei o "Poeminha de Mãe pra Filho" e agora, aqui no Diário, esse Pais & Filhos, com a foto das Annas. Desde ontem estou ruminando esse amor de mãe: sentimento universal. Mãe é mesmo um ser diferente, pelo menos com relação às crias. Gestar, parir, educar e fortalecer suas asas. Ah! As asas dos filhos! Não devem ser asas de ir, de abandonar... Filhos devem ser criaturas aladas, mas com raízes... Tem-se que encontrar o meio termo, o ponto: não pode desandar. Longe de mim querer ser gaiola de filho. Tudo que desejo é ser ninho: ACOLHER! Sempre! Incondicionalmente! Publicado por Rosane Coelho em 03/08/2006 às 16h12
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